CERCADOS
Há dois anos, manifestantes invadiram o Capitólio dos Estados Unidos, numa tentativa de anular os resultados das eleições que derrotaram Donald Trump. Esta é a história das pessoas que o defenderam.
Anita Bartholomew
Extraído do livro Siege: An American Tragedy
(Cerco: Uma Tragédia Americana)
O oficial Daniel Hodges entrou na relativa segurança de um corredor no interior do edifício do Capitólio dos Estados Unidos para se recompor. Desde que a sua unidade havia chegado, às 14h01 daquele dia 6 de janeiro de 2021, ele tinha sido insultado e agredido por manifestantes violentos, que tentavam forçar a entrada. Um deles tentou mesmo arrancar-lhe o olho direito. Ainda assim, a pausa não foi longa. Daniel, de 32 anos, da Polícia Metropolitana de Washington, D.C., respirou fundo e atendeu um pedido de reforços.
Seguiu por um corredor. Os urros e gritos de combate que se ouviam do outro lado das portas duplas que davam acesso ao túnel inferior do terraço oeste guiaram-no até onde era necessário. Do outro lado das portas, fumo e resíduos químicos enevoavam o ar, mas a máscara completa que colocou momentos antes protegia-lhe os pulmões e os olhos.
Outros oficiais como ele estavam na abertura em arco do túnel, através do qual, dali a duas semanas, o Presidente eleito, Joe Biden, atravessaria o terraço a caminho da tomada de posse – desde que a Polícia conseguisse evitar a invasão do edifício do Capitólio por parte da fação empenhada em impedir a transferência de poder. A Polícia tentava defendê-lo e aos legisladores que estavam no interior.
As forças da autoridade estavam compactadas em grupos com cinco homens por fila dispostos em seis filas, com os escudos ao alto, tentando, de alguma maneira, conter os insurgentes que já tinham partido os vidros das primeiras portas duplas dentro do túnel. O objetivo imediato: tirar a multidão do túnel e garantir a segurança daquelas portas, que davam acesso ao Capitólio.
Não ia ser fácil. Os oficiais enfrentavam milhares de manifestantes violentos (há quem estime que o número de insurgentes ascendeu aos 10 mil, enquanto o número de polícias que atenderam a chamada para defender a sede do poder legislativo andou em torno dos 2000 ao final do dia). Apesar de estar a atacar a sede do poder nos Estados Unidos, a maior parte da turba sentia um profundo amor pela nação e pela Constituição, ainda que muitos tivessem apenas uma vaga noção do conteúdo do documento.
Um deles era Danny Rodriguez, da Califórnia. Muito daquilo em que acreditava aprendeu com pessoas no YouTube que garantiam estar a revelar as «verdades» escondidas que os meios de comunicação tradicionais não queriam que o público soubesse. Não se considerava um membro do QAnon, mas Danny, de 38 anos, acreditava em algumas das teorias da conspiração
«TEMOS DE SEGURAR ESTA PORTA!»,
GRITOU O COMANDANTE.
daquele movimento: a eleição não fora apenas «roubada» – o «roubo» tinha sido perpetrado por uma cabala de pedófilos de elite que traficava crianças.
Os insurgentes atingiram os oficiais com bear spray, um gás de defesa, e outros químicos, e bateram-lhes com paus, bastões, murros e pontapés. Daniel Hodges e outros homens acabados de chegar preencheram as falhas entre as linhas da retaguarda. Tinha perdido o rádio na refrega anterior e, com as raras ou inexistentes comunicações via rádio, Daniel não soube que parte daquela multidão já tinha conseguido entrar no Capitólio por outras portas e janelas.
Os polícias que defendiam o túnel achavam-se na última linha de defesa. Se as autoridades não conseguissem conter a turba, milhares de pessoas invadiriam o edifício. Se o conseguissem,
ninguém sabia o que fariam para prender o vice-presidente Mike Pence e os outros legisladores. «Temos de segurar esta porta!», gritou o comandante. Daniel Hodges chegou-se à frente, juntando o seu escudo ao dos outros oficiais com quem estava ombro a ombro. Lutavam pelo controlo de uma pequena parte do túnel, às vezes meros centímetros. Cada bocadinho contava. Daniel tinha a certeza de que, se conseguissem aguentar a linha, os reforços acabariam por chegar. Alguns já tinham chegado, do FBI e das jurisdições policiais mais próximas, mas a Guarda Nacional de Washington, D.C. ainda não tinha sido convocada. Daniel segurou o escudo com firmeza, pois os manifestantes estavam a tentar arrancar os escudos das mãos dos polícias e a entregá-los a outros elementos da turba.
Um homem corpulento, careca, de 60 anos, que já tinha roubado pelo menos um escudo, agarrou outro. Um polícia na linha da frente avisou-o: solta ou levas com gás.
O homem recusou e acabou por desmaiar, queixando-se de falta de ar, quando uma corrente de gás químico o forçou a aliviar a pressão.
Alguns polícias puxaram-no para dentro e administraram-lhe os primeiros socorros. As forças de segurança seguiram em frente, ganhando algum terreno em relação à multidão. Daniel Hodges, agora na primeira linha perante os insurretos, apoiou-se contra um batente de metal à entrada do túnel para conseguir manter a posição.
Sem aviso, a maré virou. Os polícias estavam a ser repelidos, perdendo terreno. Os manifestantes, uma turba compacta com pelo menos 50 homens de profundidade, movia-se ao mesmo ritmo.
«Heave ho! Heave ho!»
Daniel Hodges, ainda preso entre a porta e a ombreira de metal, foi apanhado na onda e ficou incapaz de se mexer.
«Heave ho! Heave ho!»
À sua esquerda, um manifestante aproveitou a vulnerabilidade de Daniel e lançou um escudo contra ele. Com o peso de todos aqueles corpos atrás de si, forçando a entrada no túnel, Daniel estava preso entre o escudo à sua esquerda e a ombreira da porta à direita. Com os braços presos, Daniel gritou por ajuda.
Outro manifestante, vendo Daniel imobilizado, agarrou-lhe a máscara de gás e usou-a para bater com a cabeça contra a porta, golpe após golpe. O oficial, preso na armadilha, pensou que aqueles eram os seus últimos momentos de vida. Tentou libertar os braços enquanto o agressor gritava de fúria ou de alegria – Daniel não sabia dizer.
O manifestante arrancou-lhe a máscara e Daniel engoliu uma golfada de ar cheio de químicos.
«Heave ho!»
A multidão continuou a pressionar, forçando-lhe o ar dos pulmões.
Alguém agarrou o cassetete da mão imobilizada de Daniel e começou a esmurrá-lo – batendo-lhe com este na cabeça, nos ombros, no rosto. Abriu-lhe o lábio. Tudo o que o polícia podia fazer era gritar para que outro polícia fosse seu auxílio e o tirasse dali.
Osargento Aquilino Gonell não conseguia ajudar Hodges. Apenas a alguns centímetros de distância, encontrou-se numa luta corpo a corpo com manifestantes embrulhados na bandeira americana e empunhando spray repelente, martelos, escudos, facas e mastros de bandeiras, que atiravam como lanças.
Gonnel, de 43 anos, sargento da Polícia do Capitólio, tinha combatido no Iraque. O que se desenrolava diante de si era mais aterrador do que aquilo que alguma vez encontrou lá: uma batalha medieval que opunha um punhado de homens e mulheres de uniforme a uma turba anárquica, que avançava em revoadas, lutadores frescos de ambos os lados a assumirem o ataque na boca do túnel, enquanto os combatentes anteriores recuavam, exaustos.
O sargento Gonell era realista quanto às suas hipóteses – que eram más – mas, enquanto conseguisse, ia impedir a turba de atravessar a linha.
Os desordeiros agarraram num oficial ao pé de si e tentaram arrastá-lo para fora do túnel. Gonell agarrou-o pelo colarinho e puxou-o de novo para as linhas policiais. Apenas um momento depois, os insurgentes quase conseguiram agarrar outro agente.
OS RÁDIOS CREPITAVAM COM PEDIDOS
DE SOCORRO: «AGENTE ABATIDO.»
Quando o sargento Gonell tentou alcançá-lo para o ajudar, tropeçou numa pilha de escudos antimotim escorregadios por causa do gás-pimenta e do gás lacrimogéneo. Resvalou, tropeçou e caiu. A multidão caiu sobre ele, aproveitando a sua súbita vulnerabilidade. Mãos hostis agarraram-lhe a perna, puxaram pelo escudo antimotim e arrastaram-no pelas alças do ombro. Parecia que lhe estavam a arrancar o ombro.
Defendeu-se com a mesma ferocidade – desferiu socos, pontapés, arranhões.
Procurou ajuda noutros agentes ali perto, mas também eles estavam a ser atacados. A única ajuda que teria era a que conseguisse sozinho. Os golpes provocavam-lhe ferida atrás de ferida, mas, sem saber bem como, conseguiu ser mais eficaz que os seus atacantes ao usar o cassetete para impedir um insurgente de o arrastar para a multidão em fúria.
Por fim, capaz de se levantar, Gonell manteve-se na linha policial, cheio de dores no corpo. Mas, sem alívio à vista, a refrega continuava.
Se a produção de um filme procurasse alguém para protagonizar o típico polícia irlandês do passado era muito possível que a escolha recaísse em Jimmy Albright – ruivo, sério, tranquilizadoramente robusto. No outro extremo do espetro policial estaria o amigo, Michael Fanone. Esguio, sombrio, tatuado dos punhos ao pescoço e exalando uma energia temerária, passou grande parte da carreira infiltrado, a dar palmadas nas costas a criminosos. Depois de trabalharem juntos durante cinco anos na Polícia Metropolitana de Washington, os dois tornaram-se amigos.
Os pedidos de socorro começaram a surgir da parte da Polícia do Capitólio quando Fanone estava a dirigir-se a uma operação contra o tráfico de droga em que precisava de estar infiltrado. Através das transmissões da Polícia, soube que os agentes estavam a pedir voluntários. A operação secreta com os narcóticos teria de esperar. Fanone deu meia-volta e dirigiu-se à esquadra, onde se encontrou com Albright.
Os dois chegaram ao Capitólio às 15h05, com os rádios a crepitar com pedidos de socorro: «Polícia abatido… Polícia precisa de assistência.» Albright viu um rasto de sangue no chão. Entraram pelo portão sul do edifício e percorreram um corredor ladeado por gigantescos pilares bancos que, em tempos melhores, refulgiam de uma serenidade digna. Dali, desceram na direção do terraço inferior oeste, de onde vinham as mensagens mais urgentes.
OLHARAM PARA A TURBA E TOMARAM CONSCIÊNCIA
DO QUE IRIAM ENFRENTAR.
Do lado de fora das portas duplas que conduziam ao túnel, encontraram uma série de agentes que tinham estado na linha da frente. Os olhos, atingidos com enormes quantidades de gás lacrimogéneo e gás-pimenta, pouco mais eram do que fendas inchadas e vermelhas.
Os agentes passavam uns aos outros garrafas de água e tentavam limpar o rosto o melhor que conseguiam, antes de voltar à refrega. Fanone e Albright alinharam-se atrás deles.
Um nevoeiro químico erguia-se em torno dos seus tornozelos, enquanto percorriam um caminho onde outros agentes, vencidos pelos gases químicos, tinham vomitado. Polícias exaustos – cerca de quarenta ou cinquenta – lutavam pelo controlo daquela entrada havia cerca de uma hora.
«Precisamos de homens frescos aqui», pediu Fanone.
No outro lado do túnel, um novo cântico soava na multidão: Puxem os polícias para fora! Puxem os polícias para fora! Puxem os polícias para fora!
Um dos que estava mais perto da linha da frente era Danny Rodrigues, com um Taser na mão.
O sargentoGonell não conseguia respirar bem. Tinha inalado e engolido mais sprays químicos do que parecia possível. Foi então que ouviu um grito:
«Vamos lá rapazes, eu acabei de chegar! Recuem se precisarem de uma pausa!»
Não conhecia a voz, mas sabia que precisava de uma pausa se quisesse ter qualquer utilidade no futuro. O sargento Gonell recuou.
Fanone assumiu o seu lugar na linha da frente. Albright, que estava à sua esquerda e alguns centímetros mais atrás, agarrou-se ao colete de Fanone, para que não pudessem ser separados.
Observaram as hordas de insurretos e, pela primeira vez, perceberam o que estavam a enfrentar. Tinham apenas um pequeno ponto a favor: apesar de as forças policiais estarem em absoluta inferioridade numérica, eram também poucos os manifestantes que, de cada vez, conseguiam entrar naquele túnel estreito.
Não era uma luta justa, mas podiam ganhar se conseguissem empurrar a multidão o suficiente para fechar as portas duplas que davam acesso ao túnel. Se não conseguissem manter a posição, a turba não apenas conseguiria ter acesso a todo o edifício, livre para atacar quem encontrasse no caminho, como todos os polícias naquele túnel seriam pisados.
«Apoio!», gritou Fanone, empurrando os manifestantes.
Um insurgente com um escudo da Polícia roubado empurrou-o e muitos outros juntaram o seu peso, numa tentativa de entrar mais no túnel.
«Heave ho. Heave ho.»
«Vá lá! Vamos empurrá-los!», implorou Fanone aos seus colegas polícias. «Empurrem!»
Eram 15h15 e reinava o caos. Os manifestantes já tinham sentido o cheiro do sangue e queriam mais. Os golpes de punhos, pés, mastros de bandeiras e outras armas improvisadas contra a Polícia tinham um efeito poderoso sobre aquele contingente de pessoas absolutamente normais noutras circunstâncias. Algumas estavam claramente prontas para lutar até à morte se fosse preciso.
Mas, contra todas as expectativas, a Polícia conseguiu ganhar algum terreno. Primeiro apenas um par de metros, depois mais ainda. Revigorados com esse sucesso, continuaram a empurrar até chegarem à soleira da porta dupla. Foi aí que um dos agentes gritou: «Faca!»
O agente Albright também a viu: preta, com uma lâmina de 15 centímetros. Rapidamente, conseguiu tirá-la das mãos do manifestante, agarrou-a do chão e passou-a por cima do ombro aos agentes atrás de si. Nos segundos que demorou a fazê-lo, Fanone desapareceu.
«Apanhei um!», gritou uma voz na multidão.
Eles têm um, viu Danny Rodriguez. Arrastaram o polícia, de bruços, pelas escadas, para longe do túnel, no meio da multidão.
Rodriguez tinha o Taser na mão. Como outros no meio da turba, considerava-se um aliado fiel da Polícia. Mas aquele agente estava do lado errado. Rodriguez alcançou-o com o Taser, pressionou-o contra o pescoço do agente e premiu o gatilho. O polícia gritou em agonia.
Tudo aconteceu muito depressa e Fanone não conseguia perceber quem o tinha arrastado do túnel nem como. A turba, obstinada, vinha de todas as direções, um monstro furioso com dezenas de tentáculos. E queria matá-lo.
Fanone lutou com tudo o que podia, mas eram muitas as mãos que o seguravam. Não conseguia escapar. Uma mão atingiu-o com um soco, outra com um bastão. Uma terceira deu-lhe com um mastro de bandeira. «Tirem-lhe a arma!»
«Matem-no com a arma dele!» Mãos arrancaram-lhe o rádio, o cinto de munições, arrancaram-lhe o distintivo do colete. Tentou escapar, impotente contra a multidão e as armas que usavam para lhe bater no tronco, nos braços, nas pernas.
Alguém tentou agarrar-lhe a arma. O agente conseguiu mantê-la, pensando que, se disparasse, talvez pudesse abrir caminho. Depressa percebeu que era má ideia. Podia atingir uma ou duas pessoas, mas eles matá-lo-iam de certeza.
Foi aí que sentiu uma descarga no pescoço. Alguém o tinha atingido com um Taser. Ondas de relâmpagos líquidos percorreram-lhe o corpo, iluminando cada terminação nervosa, rasgando veias, músculos, vísceras.
Ia morrer ali. Pensou nas quatro filhas. Nunca mais o veriam. O que fariam sem o pai?
Quase a perder a consciência, apenas lhe sobrava uma esperança: se conseguisse apelar a apenas alguns, se conseguisse apelar à sua humanidade… «Tenho filhos!», gritou.
Jimmy Albright olhou parabaixo, para a multidão, e viu um insurreto a arrastar Fanone de regresso a ele à entrada do túnel. Albright alcançou-o, agarrou no parceiro e levou-o para o corredor, onde embalou o corpo flácido e inconsciente de Fanone.
No início, nem sequer sabia se estava vivo.
«Mike, fica aqui, amigo. Mike, é o Jimmy. Estou aqui.»
Estava vivo. Albright tinha agora a certeza. Mas não
respondia, e tinha dificuldade em respirar. Albright continuava a falar, a tentar alcançar Fanone naqueles recônditos de consciência em que o amigo tinha desaparecido, a dizer-lhe que precisava de acordar. Eles tinham planos. Tinham combinado caçar patos juntos – será que ele se lembrava?
«Vá lá, Mike.»
Fanone conseguia ouvi-lo?
Os minutos passavam. Por fim, Fanone mexeu-se e voltou ao mundo dos vivos.
Fraco, olhou para Albright. «Recuperaste aquela porta?»
Às 16h32, o secretário da Defesa em exercício, Christopher Miller, aprovou a deslocação da Guarda Nacional de D.C., que começou a chegar ao Capitólio por volta das 17h30. Cerca das 18h30, os agentes da autoridade já tinham retirado os últimos elementos da turba do interior do Capitólio e das imediações do edifício.
Às 03h42 da manhã de 7 de janeiro, o vice-presidente, Mike Pence, na qualidade de líder do Senado, declarou Joe Biden o vencedor da eleição presidencial de 2020.
Pouco depois de Michael Fanone ter sido atacado, Jimmy Albright levou-o às urgências do hospital, cheias de colegas polícias feridos, bem como de manifestantes. Concluíram que Fanone tinha sofrido uma concussão e um ataque cardíaco. Estava entre os 140 agentes da ordem feridos naquele dia, alguns com gravidade.
Muitos horas depois, às 04h00, o sargento Aquilino Gonell chegou por fim a casa. Ansioso pelo conforto do abraço da mulher, não o pode fazer porque o uniforme estava impregnado de químicos que a poderiam magoar: gás de defesa, gás lacrimogéneo, gás-pimenta. Os resíduos queimavam-lhe a pele mesmo depois de um banho prolongado. Dormir era impossível.
Ainda assim, mesmo depois de tudo o que tinha passado, levantou-se ao fim de um par de horas e, cerca das 08h00, dirigiu-se outra vez ao Capitólio. O país precisava dele.
Nota do editor: desde o dia 6 de janeiro de 2021, mais de 900 manifestantes foram presos e cerca de 400 foram condenados. O julgamento de Danny Rodriguez está marcado para fevereiro. Já se declarou inocente.